26 de Abril de 2024

Matheuzinho: Pequeno na altura, gigante no futebol

 O nome é Matheus da Silva Fortes, mas pode chamar de Matheuzinho. Quando ele entra em campo, com a camisa do MANAUSFC, a missão é sempre a mesma: botar fogo na partida. E foi isso que ele fez no último jogo do esmeraldino, diante do Jacuipense (BA), quando fez um cruzamento perfeito para o gol de Hamilton, aos 49 minutos do segundo tempo. O gol decretou a vitória do Gavião do Norte por 2 a 1, em cima do time baiano. Com um gol e uma assistência no Brasileirão da Série C, o atacante extremo se prepara, agora, para mais um desafio, contra o Paysandu (PA), neste sábado, 31/10, às 18h (horário local), no Mangueirão. O MANAUSFC está na quinta posição na tabela de classificação, com 17 pontos conquistados.

Do alto de seus 1.66 de altura, o atacante torna-se um gigante com a bola nos pés. A baixa estatura, nem de longe, é problema. Inclusive o primeiro gol dele com a camisa do esmeraldino foi de cabeça, em cima do Treze (PB). A baixa estatura também não significa fragilidade física. Muito pelo contrário! Matheuzinho vem do futebol gaúcho, e está mais do que acostumado com o jogo mais “pegado”. Só que ele revela que nem sempre foi assim.

“Não foi desde sempre que eu tive esse estilo mais brigador, mais guerreiro. Eu era um cara mais de velocidade mesmo, de jogar bastante para frente”, lembra. “Eu comecei a mudar meu estilo mais a partir de 2016, no Cruzeiro (RS), quando um amigo meu, Rodrigo Heffner - que trabalha no Botafogo como analista de desempenho -, disse que eu precisava marcar mais, ajudar o time mais atrás. Foi aí que desenvolvi esse jogo mais de marcação, mais pegado. Esse cara me ajudou bastante”, revela.

O “berço”

Matheuzinho: Pequeno na altura, gigante no futebol

Assim como muitos jogadores brasileiros, esse gaúcho de Porto Alegre, teve o seu talento forjado no futebol de várzea. “Eu vim de uma família que tinha um time de futebol amador chamado Ajax. Era um time formado pelos meus tios, a turma do bairro, então tive ali um apoio familiar, que é bem importante”, conta.  

A carreira no futebol profissional veio de uma forma totalmente inesperada. “Um dia fui acompanhar um amigo num teste que ele fez para o Cruzeiro (RS). Ele me chamou pra ir e eu acabei passando. A partir daí a minha carreira começou no ano de 2013”, revela.

Futebol e a vida

Se o começo no futebol foi por acaso, hoje, Matheuzinho e a bola vivem um casamento indissolúvel. “O futebol para mim é tudo! É o que eu sei fazer. Se eu parar de jogar futebol, sendo sincero, não sei o que eu vou fazer, mas já que eu estou aqui, o futebol é a minha vida. Eu boto a vida aqui dentro (de campo) todos os dias. Quem está no dia a dia sabe disso. Eu posso estar jogando, posso não estar jogando ou sendo relacionado, eu dou a vida. Eu sempre vou querer trabalhar mais, porque, eu sei que se você dá a vida no treino, você vai dar a vida no jogo também”, pontua.

A maior incentivadora

Matheuzinho: Pequeno na altura, gigante no futebol

A fã número 1 de Matheuzinho é dona Carmen Eunice. A mãe do atacante do Gavião do Norte, inclusive, esteve em Manaus curtindo o filhão. “Eu já estava conversando com ela para ela dar uma passeada. Eu sempre a levo para os lugares que eu vou. Ela ficou dois meses aqui e aproveitou bastante os passeios. Já estava ambientada com a cidade. Ela me ajudou demais. No começo quando eu precisei, ela sempre esteve comigo. Sempre falou para eu acreditar apesar das coisas estarem difíceis, que tudo poderia melhorar. Eu devo muito a ela”, emociona-se.

Meta de vida

Aos 26 anos, Matheuzinho conta qual é a sua maior meta como jogador: “Quero jogar ainda na Europa. Num grande clube. É o sonho de todos. Ter uma carreira produtiva e chegar na Europa, num grande time”, projeta.

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