No dia 14 de janeiro é celebrado o Dia do Treinador. Entre histórias inusitadas e lembranças dos desafios de início de carreira, o treinador de futebol Evaristo Piza e o treinador de goleiros Nailton Garces (Naná) relembraram momentos marcantes ao longo dos anos no futebol.

Início da carreira: desafios e recordações 

O começo da vida profissional de um ex-atleta é sempre marcada pelos desafios. O professor Piza revelou que "pendurou as chuteiras" um tanto jovem, aos 29 anos, e dedicou-se aos estudos. Anos depois, formou-se em Educação Física e atuou em projetos de base em alguns clubes de São Paulo. Seu primeiro trabalho como treinador foi no Japão, em 2006. De lá até aqui, foram diversas emoções.

"Após o período no Japão, onde eu aprendi bastante, retornei ao Brasil, onde trabalhei no Paulínia-SP, até que em 2010 assumi como treinador da equipe principal e conquistamos o acesso à Série A3 do Paulista. Fui campeão junto ao Capivariano-SP da Série A2 do Paulista, briguei pelo acesso em algumas oportunidades pelo XV de Piracicaba-SP, fui campeão pelo Botafogo-PB, fui ao América de Natal-RN, e logo depois, recebi o convite do Manaus. Esta é minha trajetória, de bastante sacrifício e luta, trabalhando sempre para fazer um trabalho de excelência", detalhou Piza.

Já o treinador de goleiros Nailton Garces, conhecido carinhosamente pelo apelido de Naná, começou sua carreira como treinador após o fim de sua carreira como atleta profissional. Naná citou que em 2008 recebeu o convite do presidente de honra Luis Mitoso e do presidente Giovanni Silva para atuar na época pelo Nacional Futebol Clube, e desde 2017 é membro da comissão técnica do Gavião do Norte. 

"Tive uma carreira com alguns títulos importantes como atleta profissional, pelo São Raimundo. Ralei muito para conquistar uma oportunidade fora do futebol amador, antes de me profissionalizar. O começo da minha carreira como treinador de goleiros foi praticamente uma continuação após encerrar a carreira como jogador, ao receber em 2008 um convite dos presidentes Luis Mitoso e Giovanni Silva, para na época, atuar com a equipe que disputou a Copinha e posteriormente o Campeonato Brasileiro", comentou Naná.

Momentos marcantes e curiosos

Naná relembrou um episódio de sua carreira onde necessitou atuar fora de sua posição de origem, mas ainda no sistema defensivo. Atuando como preparador de goleiros na Série B do Campeonato Amazonense, pelo Tarumã, Nailton acabou precisando jogar como zagueiro para completar a equipe.

"Lembro de um episódio inusitado onde recebi um convite do falecido amigo, Adinamar Abib, para atuar como preparador de goleiros do Tarumã, na segundinha do Barezão. Houve uma partida em que precisei jogar na linha, lá em Manicoré, onde viajamos somente com 12 jogadores. Foi até tranquilo, conseguimos vencer comigo na zaga e eu ainda fiz um gol de cabeça", relembrou Naná. 

Já para o professor Piza a história inusitada não teve um "final feliz" por assim dizer. Enquanto atuava em uma equipe do futebol paulista, ainda como jogador. Seu antigo treinador, Urubatão "Calvo" Nunes, havia pedido para que um funcionário pintasse a marca do pênalti um passo adiante, antes de um jogo importante. No entanto, a tática não saiu como esperada.

"Urubatão era daquele time de Pelé, Pepe, Coutinho, um cara com muita história. Quando ele chegou, com o intuito de evitar um rebaixamento na época, lembro-me da seguinte instrução: 'vamos adiantar a marca do pênalti'. Porém, quando a partida seguinte começou, ao invés desta tática servir para nós, o adversário acabou sendo 'premiado' com um pênalti, porém, felizmente conseguimos buscar o empate. Logo após este jogo, ele mandou que a marca de lance penal retornasse ao lugar de origem, eu jamais irei esquecer este momento", comentou Piza.

O Manaus Futebol Clube aproveita a oportunidade e parabeniza seus profissionais pelo dia em sua homenagem e deseja sucesso junto ao clube nesta temporada.

Fotos: Ismael Monteiro / Manaus FC